57 trabalhadores são resgatados em situação análoga de escravidão no interior do Piauí

57 trabalhadores são resgatados em situação análoga de escravidão no interior do Piauí
57 trabalhadores são resgatados em situação análoga de escravidão no interior do Piauí




O Grupo Especial de Fiscalização Móvel resgatou, durante operação realizada nas últimas semanas, 57 trabalhadores em situação análoga a de escravidão em pedreiras no Piauí. Os resgates foram feitos em pedreiras localizadas nos municípios da Canto do Buriti, Amarante e Nazaré do Piauí. Entre os resgatados, havia dois adolescentes.

O Grupo Móvel reúne representantes do Ministério Público do Trabalho, auditores fiscais do trabalho do Ministério do Trabalho, Ministério Público Federal (MPF-PI), Defensoria Pública da União, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal (PRF). De acordo com o Procurador do Trabalho José Wellington Soares, que acompanhou os trabalhos, foram muitas as irregularidades encontradas durante a fiscalização.

57 trabalhadores são resgatados em situação análoga de escravidão no interior do Piauí
57 trabalhadores são resgatados em situação análoga de escravidão no interior do Piauí. (Imagem: Reprodução)

Segundo ele, além de falta de registro e anotação de carteira de trabalho, os trabalhadores executavam o serviço de extração de pedra sem nenhum equipamento de proteção individual e em locais sem água potável, instalações sanitárias e alojamentos. Também não havia local adequado para armazenamento, preparo e consumo de alimentos, que eram preparados e consumidos sem as mínimas condições de higiene no meio do mato. Alguns trabalhadores também utilizavam explosivos sem treinamento e equipamentos adequados. “As condições de trabalho eram totalmente degradantes e abaixo de um patamar civilizatório mínimo”, declarou.

Das seis pedreiras fiscalizadas, cinco delas aceitaram firmar, ainda durante a operação, Termos de Ajuste de Conduta com o MPT-PI se comprometendo a sanar, com urgência, as irregularidades encontradas, inclusive para que possam prosseguir a atividade. A única que não acertou firmar o compromisso será processada nos próximos dias pelo MPT para que adote as mesmas providências das demais. Os empregadores flagrados em tal situação são obrigados a efetuar a rescisão indireta dos contratos de trabalho, com pagamento de todas as verbas devidas a cada trabalhador no período trabalhado, a corrigir todas as irregularidades e a pagar indenizações por danos morais, individuais e coletivos.

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No caso dos dois adolescentes, os pais também assinaram TAC com o MPT se comprometendo a não permitir que seus filhos sejam submetidos a qualquer trabalho noturno, perigoso ou insalubre antes dos 18 anos. “Infelizmente, soubemos de notícias de que essas irregularidades têm ocorrido em outras pedreiras espalhadas pelo Estado. O MPT, assim como os demais órgãos de fiscalização, permanece vigilante e as fiscalizações poderão ser intensificadas para que situações como essa não se repitam”, ressalta.

Fonte: MPT-PI

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