Quando uma obra de calçamento é realizada, os moradores das áreas beneficiadas ficam satisfeitos com o resultado, mas, quando o calçamento é feito pela metade, ou ainda, quando ficam faltando poucos metros para a obra ser concluída a sensação de frustração toma conta da população, que muitas vezes espera anos por aquele benefício.
Essa é a realidade enfrentada por moradores do bairro Parque Estrela, em Campo Maior. Bastou uma forte chuva para que a fragilidade e a deficiência do programas de obras do Governo do Estado, o ‘Pro Piauí’, fossem escancarados à comunidade. Quem reside na Rua Joaquim Ribeiro de Carvalho (Rua 20), por exemplo, está sendo obrigado a conviver com o resultado da negligência do Governo.
A ausência de planejamento e a pressa para se promover na mídia resultaram numa obra mal executada que não passou por um processo de terraplanagem adequado, sem falar em outros critérios técnicos e etapas importantes, ocasionando problemas de infiltração e resultando em alagamentos.
Alguns moradores da rua tiveram uma desagradável surpresa nesta manhã com grande quantidade de água acumulada num trecho da via que não recebeu pavimentação do Programa Pro Piauí. O acúmulo de lama na porta das residências revoltou moradores. O que todos achavam que seria uma obra completa, acabou tornando-se um tormento.
“Eu já sabia e quem acompanhou essa obra de arte do Pro Piauí sabia também. Calçaram parte da [rua] 17, da 18, pularam a 19 e calçaram um pedacinho da 20. Transparência é mostrar o projeto antes e explicar a seleção dessas ruas. Tem ruas que há anos estão calçadas só no papel. Cadê a fiscalização”?, questionou nas redes sociais a internauta Heloísa Cristina.
O Governo do Estado tem promovido obras eleitoreiras por todo o Piauí com o objetivo de levar seu candidato à vitória na eleição do próximo ano. O que em tese seria um programa de desenvolvimento econômico, social e modernização do Estado, tornou-se apenas uma forma de promover o candidato do governador que tenta, a todo custo, se perpetuar no poder.
Leave a Reply