O delegado do 13º DP, Odilo Sena, informou durante coletiva de imprensa que o chefe da vistoria do Detran (Departamento de Trânsito do Piauí) chegava a ganhar até R$ 5 mil por dia em propina.
A operação Hidra de Lerna é para colher provas na investigação contra uma organização criminosa responsável por fraudes na comercialização de veículos e confecção de documentos falsos.
“Sem a atuação do servidor no sistema, a organização criminosa não teria documento, temos informações no inquérito policial que dão conta de que o chefe da vistoria recebia de R$ 1 mil a R$ 5 mil por dia e cada processo de primeiro emplacamento era em torno de R$ 200 a R$ 250, isso sem falar nas vendas dos decalques, que o chefe de vistoria vendia para despachantes”, explica Odilo Sena.
Além da prisão do chefe de vistoria do Detran, outros dois funcionários também foram presos. Até o momento, 15 pessoas estão presas entre empresários, despachantes e outros suspeitos.
Como funcionava o esquema criminoso
De acordo com o titular do 13º DP, delegado Odilo Sena, a organização criminosa criava uma empresa falsa para conseguir roubar chassis de carros novos e gerar a documentação do veículo “fake”.
“Na montagem do processo inicial era criada uma empresa fantasma e essa empresa se transformava numa certificadora digital e com isso ela poderia via sistema, ir buscar pequenas e médias empresas, que tinham uma segurança cibernética mais vulnerável, e com o hacker entrando no sistema, subtraiam o número de um chassi, montava um processo administrativo e esse carro era emplacado em outro lugar”, explica.
Com informações cidadeverde.com
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