A inflação dos últimos meses reforçou a elevação da estimativa do salário-mínimo para 2025. Já está em discussão um piso de R$ 1.509. Segundo o Ministério do Planejamento e Orçamento, a projeção do salário-mínimo para o próximo ano estará no PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual), a ser apresentado em 30 de pelo governo federal ao Congresso Nacional.
O valor ainda é uma estimativa, mas, caso seja confirmado, representará um aumento de 6,87% se comparado ao salário mínimo atual, de R$ 1.412.
O novo piso precisa ser aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula, para começar a valer a partir de 1º de janeiro de 2025.
A projeção inicial era um novo mínimo de R$ 1.502, segundo previsão no PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias), enviado em abril ao Congresso.
Um dos motivos da mudança é a variação da inflação. O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que é base do cálculo do reajuste do salário-mínimo, foi de 0,26% em julho. Em 12 meses, o índice acumula alta de 4,06%.
A regra adotada desde o ano passado para o reajuste do salário mínimo segue a política de valorização, para garantir um aumento real, acima da inflação. A fórmula é a soma da inflação medida pelo INPC, acumulada em 12 meses até novembro do ano anterior, de 4,06% até agora, mais a variação do PIB de dois anos antes, que foi de 2,9%.
Essa soma preliminar seria de um reajuste de 6,96%, dentro da estimativa do novo valor do mínimo.
A previsão do INPC no Boletim Macrofiscal, divulgada pela SPE (Secretaria de Política Econômica) do Ministério da Fazenda, também já passou por revisão. A atual estimativa é de alta de 3,65%.
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Veja os últimos reajustes do salário mínimo:
- 2024 – R$ 1.412 (6,97%)
- 2023 – R$ 1.320,00 (8,91%)
- 2022 – R$ 1.212,00 (10,04%)
- 2021 – R$ 1.100,00 (5,2%)
- 2020 – R$ 1.045,00 (4,7%)
- 2019 – R$ 998,00 (4,6%)
- 2018 – R$ 954,00 (1,8%)
- 2017 – R$ 937,00 (6,48%)
- 2016 – R$ 880,00 (11,6%)
Impacto
O valor do salário mínimo tem impacto não só na remuneração dos trabalhadores, mas também nos benefícios. Entre eles estão aposentadorias, pensões e outros auxílios pagos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), além do seguro-desemprego, no abono salarial PIS/Pasep e do BCP (Benefício da Prestação Continuada).
Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o salário mínimo é a base da remuneração de 60,3 milhões de trabalhadores e beneficiários do INSS.
O órgão estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário baseado no custo da cesta básica. Em julho, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser R$ 6.802,88 ou 4,82 vezes o mínimo de R$ 1.412,00.
Fonte: R7 Notícias
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