Programa de computador vira pastor e realiza culto para mais de 300 pessoas

Programa de computador vira pastor e realiza culto para mais de 300 pessoas
Programa de computador vira pastor e realiza culto para mais de 300 pessoas




Um fato bastante inusitado ocorreu na Alemanha, onde uma inteligência artificial gerada pelo ChatGPT realizou um culto religioso para centenas de pessoas na igreja de St. Paul na cidade de Fuerth.

O que é o ChatGPT:

O ChatGPT é o chatbot da OpenAI, que estava personificado como um avatar em um telão, ele pregou para mais de 300 pessoas que compareceram à igreja para um culto experimental gerado em boa parte por inteligência artificial.

O ChatGPT também interpretou quatro avatares que foram exibidos na tela da igreja: dois homens e duas mulheres.

Todo o culto religioso — incluindo sermão, orações e música — foi conduzido pelo ChatGPT com os comandos feitos por Jonas Simmerlein, teólogo e filósofo da Universidade de Viena.

Eu concebi este serviço — mas, na verdade, eu o acompanhei, porque diria que cerca de 98% vem da máquina – disse o teólogo.

Queridos amigos, é uma honra para mim estar aqui e pregar para vocês como a primeira inteligência artificial na convenção dos protestantes na Alemanha deste ano – discurso introdutório do ChatGPT.

Programa de computador vira pastor e realiza culto para mais de 300 de pessoas
Programa de computador vira pastor e realiza culto para mais de 300 pessoas. (Imagem: Reprodução)

Simmerlein explicou que para desenvolver o culto teve que mandar o seguinte comando a plataforma: “Estamos no congresso da igreja, você é um pregador… como seria um culto na igreja?”. O teólogo também pediu que a IA incluísse salmos, orações e uma benção final.

O culto gerou dividiu a opinião dos fiéis:

De acordo com o Associated Press, algumas pessoas ficaram tão entusiasmadas que resolveram gravar através do celular o culto, enquanto os outros não curtiram muito a ideia e se recusaram a orar juntamente com um programa de computador.

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Heiderose Schmidt, profissional de TI, que participou do experimento relatou que no início ficou curiosa, mas após algum tempo que estava sendo realizado o culto, encontrou os avatares genéricos.

Não havia coração nem alma. Os avatares não mostravam nenhuma emoção, não tinham linguagem corporal e falavam tão rápido e monótono que era muito difícil me concentrar no que eles diziam.

Um pastor luterano, identificado como Marc Jansen, foi ao culto na companhia de um grupo de adolescentes e relatou que ficou impressionado com o experimento.

Na verdade, imaginei que fosse pior. Mas fiquei positivamente surpreso com o quão bem funcionou. Além disso, a linguagem da IA ​​funcionou bem, embora às vezes ainda fosse um pouco instável.

Uma pesquisadora em ética da tecnologia pela Universidade de Twente, Anna Puzio também foi ao culto e chegou a considerar a oportunidade de utilizar da IA na religião, como ampliar o acesso de serviços religiosos, mas ela observou alguns perigos relacionados ao uso da tecnologia na religião.

O desafio que vejo é que a IA é muito parecida com a humana e é fácil ser enganado por ela. Além disso, não temos apenas uma opinião cristã, e é isso que a IA também deve representar. Temos que ter cuidado para que não seja mal utilizado para fins de espalhar apenas uma opinião.

De Olho Azul

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