Piauiense símbolo da torcida do Flamengo perderá a primeira final do clube em 59 anos




“Te sigo a todo lado”, “Onde estiver estarei” ou “Não importa onde esteja, sempre estarei contigo”. Qualquer um desses trechos de músicas da torcida do Flamengo define bem quem é Francisco Moraes. Desde 1963, com seu manto sagrado e a bandeira na mão, canta – quase que literalmente – ao mundo inteiro a alegria de ser rubro-negro em praticamente todas as decisões oficiais. Porém, para o próximo domingo, ele é desfalque.

– Tristeza absurda! – lamenta-se.

Figura quase que obrigatória em todo jogo do clube de coração, foi vetado pelo DM e não assistirá in loco a Atlético-MG x Flamengo que se enfrentam às 16h (de Brasília), na Arena Pantanal, no Mato Grosso. O time de Moraes tenta o tricampeonato da Supercopa do Brasil.

– Estou com um probleminha de saúde que está sendo investigado, e a médica pediu para eu não ir. Tristeza absurda. Desde o final dos anos 60 que não perco uma final do Flamengo em nenhum lugar do mundo, exceto a segunda partida contra o Vasco na final da Copa do Brasil em 2006, quando estava operado da perna, e o Brasileiro do ano passado por conta da pandemia – revelou o lendário Moraes.

Dizem que Moraes nasceu nos anos 40. Dizem… Ele não revela de jeito nenhum a idade, mas jura ter menos de 100. Vigor não falta ao piauiense, que, além de viajar ao mundo para torcer pelo Flamengo, frequentemente dá suas caminhadas pelo calçadão de Copacabana. E os exercícios sempre são feitos com alguma peça alusiva ao Rubro-Negro. O bonézinho nunca falta.

Em quase um século de amor pelo vermelho e preto, Moraes obviamente testemunhou os três mais importantes títulos do Flamengo. O Mundial Interclubes, vencido em 1981 no Japão, e as duas Libertadores, ambas conquistadas num dia 23 de novembro e separadas por 38 anos (1981 e 2019). Acham que ele ficou fora de torneios amistosos disputados nos quatro cantos do mundo? Também não.

– Todos, inclusive os torneios de verão da Espanha, Hungria, etc. Liga aí pro Zico, que ele confirma. Renato Prado, Washington Rodrigues, Deni, Eraldo Leite. Kleber Leite, aliás, diz ai que só perco para ele em termos de quem viu mais jogos do Zico. Ele era da rádio e viu alguns jogos “babas” que num vi no interior do Brasil. Porque jogos oficiais num perdi UM, unzinho do Zico. Duvido – gaba-se.

Moraes não se priva de falar “que família é tudo, mas ninguém compete com o Flamengo. Foram três relacionamentos encerrados por causa do clube, ausência em casamento de filho e mais de 70 países no currículo rubro-negro. E em todas as viagens desde 1978 levou consigo a bandeira da Raça Rubro-Negra, fundada por seu amigo Cláudio Cruz.

Visado por torcedores do Flamengo em todo os estádios como um verdadeiro ídolo do Flamengo, Moraes é frequentemente parado por fotos. Sempre no pré, no pós ou nos intervalos. Via Facebook, pede encarecidamente que seus fãs não as solicitem durante as partidas, momento no qual proíbe-se de se desconectar da maior paixão.

Aliás, é na rede social que Moraes faz a extensão de seu site “História de Torcedor” (clique aqui). Lá, conta as incontáveis viagens feitas com o clube do coração e também fala do Flamengo de hoje. Com um vocabulário próprio e apelidos divertidos, faz tradicionalmente uma análise na véspera das partidas e outra após as mesmas.

Como diz o título do documentário da Globoplay que ele protagonizou em 2019 e cujo tema foi o bicampeonato da Libertadores, Moraes estará com o Flamengo “Até o fim”.

FONTE: G1 PI

 

 

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