A retomada das aulas presenciais no Piauí é motivo discussão entre pais e o Governo do Estado. Desta vez, após permitir o retorno das aulas presenciais, e as escolas particulares e públicas se prepararem com todos os protocolos de segurança para um retorno seguro, os alunos devem retornar as aulas on-line.
Mães e pais de alunos, que fazem o movimento Volta às Aulas Teresina, estão se mobilizando para ir às ruas em carreata nesta quarta-feira (09/02), às 17h, com concentração na Ponte Estaiada, para reivindicar a suspensão das aulas presenciais, assim como a recomendação de escolas particulares fecharem. Uma das responsáveis pela convocação do protesto é Ilara Madeira, servidora pública, ela alega que a escola é o local adequado para os pequenos e que faltou critério na decisão.
Somos contra o fechamento das escolas e o adiamento das aulas, porque não tem base científica para isso. Na escola são adotados protocolos como uso obrigatório de máscara, disponibilização de álcool em gel, medição da temperatura dos estudantes e trabalhadores e distanciamento mínimo entre carteiras. Segundo estudos do mundo inteiro, as escolas são os ambientes mais seguros da sociedade, com menor índice de transmissão, quase zero — afirma Ilara Madeira.
Ilara também lembra que todas as atividades estão em pleno funcionamento, ficando ainda mais difícil controlar a ansiedade das crianças. “Entendemos que a educação é fundamental, e que o emocional, físico e social das nossas crianças está muito prejudicado em virtude do isolamento que estamos tendo por conta do fechamento das escolas. Toda mãe que se dedicou ao filho, que conhece a criança, percebeu a grande dificuldade que as crianças tiveram durante o período de fechamento das escolas, de choro, aumento ou perda de peso, agressividade e irritação, as crianças estavam muito alteradas e verificamos que era por falta da rotina deles. Pai e mãe voltaram a sair para trabalhar, todo mundo tendo uma vida normal, menos eles, o que não era justo. O que se percebeu e ficou comprovado foi que os prejuízos causados pelo fechamento das escolas são muito superiores ao risco da doença”, reforçou.
A indignação quanto insegurança do retorno das aulas é ainda mais comum para as mães de filhos em escolas públicas, como Brizza Borges que está desempregada e tem uma filha de 4 anos, aluna da rede pública. “Não tenho como sair de casa para procurar emprego, porque minha filha não pode ficar sozinha em casa, e ainda tem a questão que ela assiste aula pelo celular e não consegue ter o acompanhamento correto”, conta.
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Para o presidente do Sindicato das Escolas Particulares, Sinepe, Leonardo Airton, as instituições de ensino do Piauí se estruturam para atender em todos os aspectos o que foi adotado pela legislação, obedecendo as regras sem maiores questionamentos. “O nosso objetivo é que aulas continuem de forma presencial para não haver mais danos ao aprendizado de crianças e adolescentes. Todas as instituições de ensino estão preparadas para recebê-los com toda a segurança exigida”, finalizou.
Fonte: 180 Graus
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