O céu piauiense apresentou um aspecto incomum neste fim de semana, chamando a atenção da população. Diante da coloração acinzentada, especulou-se a possibilidade de chuvas em um período atípico. No entanto, análises indicam que a névoa é resultado de fumaça proveniente de queimadas e incêndios florestais, que têm se intensificado na região.
De acordo com a climatologista Sara Cardoso, coordenadora da Sala de Monitoramento e Prevenção de Eventos Climáticos Extremos da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (Semarh-PI), a fumaça tem origem no fogo em biomas como a Amazônia e o Pantanal.
A coordenadora da Semarh explicou que a fumaça tem se alastrado por outros estados, como Piauí e Ceará, através do vento. Na capital piauiense, há o agravante da proximidade do B-R-O BRÓ, o período de altas temperaturas, calor intenso e baixa umidade do ar que facilita a propagação das micropartículas.
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A previsão é que o quadro piore nos próximos dias, inclusive no mês de setembro, quando as temperaturas devem aumentar. Nos últimos dez anos, as queimadas e os incêndios florestais se intensificaram nos meses finais do ano, aponta a climatologista.
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