Na manhã deste sábado (30), finalizou o julgamento de Thiago Mayson da Silva Barbosa, que foi condenado a 18 anos e 6 meses pelo estrupo e assassinato de Janaína da Silva Bezerra, de 22 anos, estudante de jornalismo. O crime ocorreu no dia 28 de janeiro deste ano, após uma calourada na Universidade Federal do Piauí (UFPI), localizado na zona Leste de Teresina.
A sessão do Júri Popular teve início nessa sexta-feira (29) e durou cerca de 21 horas, foi presidida pelo juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto, no Fórum Cível e Criminal Desembargador Joaquim de Sousa Neto, em Teresina. O acusado foi defendido pelo advogado Ércio Quaresma, mais conhecido por defender o ex-goleiro Bruno, no caso Eliza Samudio.
Florence Rosa, foi a advogada e assistente de acusação que representou a família da vítima no julgamento, ela foi a responsável por anunciar a sentença de Thiago pelos crimes de homicídio qualificado, por emprego de meio cruel, estupro de vulnerável, vilipêndio de cadáver e fraude processual.
Segundo ela, a pena estimada era para ser de 70 anos, entretanto, a qualificação de feminicídio foi rejeitada pelos jurados, o que acabou influenciando na imputação da pena.
Ele foi condenado a uma pena de dezoito anos e seis meses. Foi condenado por todos os delitos imputados na denúncia, entretanto, em relação ao feminicídio, a nossa percepção é de que houve uma confusão por parte dos jurados quanto a tese desclassificatória, essa é a nossa percepção, e em razão disso vamos entrar com recurso, para que a pena seja agravada — declarou Florence Rosa.
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A condenação do acusado aconteceu depois de dois adiamentos. O primeiro Júri tinha sido marcado para o dia 17 de agosto de 2023, mas 12 testemunhas do quadro de servidores da UFPI não se apresentaram, o que resultou na falta de quórum. A UFPI, através de uma nota, admitiu uma falha interna na convocação aos funcionários.
Já no segundo adiamento, a data marcada era 1º de setembro e foi adiado devido o advogado Ércio Quaresma, não comparecer à sessão.
