O empresário do ramo varejista José Fuscaldi Cesilio, conhecido como Tatico, foi flagrado distribuindo notas de R$ 100 para clientes e funcionários. As cenas aconteceram em uma unidade do mercado administrado pelo homem no Distrito Federal e viralizaram nas redes sociais. Em 2022, Tatico foi preso no âmbito da Operação Looping 2, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que desarticulou um grupo criminoso especializado na falsificação e no uso de documentos forjados para simular a propriedade de fazendas milionárias em Goiás.
Tatico, que exerceu a função de deputado federal entre 2003 e 2011, acabou preso por policiais da Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes (Corf) quando estava em sua fazenda, em Padre Bernardo, no Entorno do DF. Os investigadores também prenderam o filho do empresário, em Goiânia.
Investigação
De acordo com as investigações da época, um antigo tabelião do cartório de notas e registro civil de Limeira (MG) falsificou documentos – entre eles, uma certidão da Terracap – e invadiu uma expressiva área pública que teria sido dada como garantia de um empréstimo.
A partir de então, a PCDF mapeou a confecção das procurações falsas que outorgavam direitos fraudulentos sobre as propriedades. O mesmo ex-tabelião, que chegou a ser afastado por irregularidades em 2015, havia feito outra procuração falsa, em 2016, em um cartório do DF. O objetivo era transferir uma segunda fazenda localizada na cidade de Mimoso (GO), pertencente a um espólio e avaliada em, aproximadamente, R$ 10 milhões.
Os investigadores apuraram que o esquema de falsificação ainda lavrou uma terceira procuração com uso de documentos falsos, na cidade de Dom Bosco (MG), relacionada a uma fazenda de R$ 15 milhões. O bando se aproveitou do fato de os verdadeiros proprietários serem idosos com a saúde comprometida.
Os envolvidos no crime responderão pelos crimes de falsidade ideológica, falsificação de documentos, uso de documentos falsos, esbulho possessório e associação criminosa.
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Defesa do empresário
De acordo com nota encaminhada ao Metrópoles pela assessoria do empresário à época das denúncias, “o Sr. Zé Tático sempre foi um idealizador, empreendedor e sempre lutou pelas coisas certas. E diante dessa operação o Sr. Zé foi mais uma vítima, assim como outros empresários que caíram no golpe”, disse.
Após prisão, empresário Tatico foi solto e disse ter sido “uma vítima”.
O texto segue dizendo que “quem o conhece e conhece sua história não tem dúvidas sobre seu caráter, sua firmeza e a transparência tanto de sua personalidade como de suas ações”.
Confira o vídeo abaixo:
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Fonte: Metrópoles
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