Teresina saí em ranking das 50 cidades mais violentas do mundo

Teresina saí em ranking das 50 cidades mais violentas do mundo
Teresina saí em ranking das 50 cidades mais violentas do mundo




De acordo com dados de uma pesquisa divulgada pelo Conselho Cidadão para a Segurança Pública e a Justiça Penal do México, Teresina é apontada como a 40° cidade mais violenta do mundo. O levantamento do Anuário Brasileiro de Segurança Pública registra um aumento de homicídios dolosos, no ano de 2020 teve 659 assassinatos, já em 2021 foram 736.

Dentre as cidades mais perigosas do Brasil, estão Mossoró, Salvador, Manaus, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Natal, Fortaleza, Recife, Maceió e Teresina

Para poder chegar ao índice, foi contabilizado o número de homicídios a cada 100 mil habitantes. A capital piauiense possui 871.126 habitantes, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2021, registrou 34,79 homicídios por 100 mil habitantes. Além de ser bastante preocupante, a cidade registrou uma redução em relação ao ano de 2017, que ocorreu 42 homicídios a cada 100 mil habitantes.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Penais do Piauí (SINPOLJUSPI), o sucateamento das estruturas policiais é um dos principais fatores que acabou contribuindo para o aumento da violência na capital. “O problema é complexo e envolve uma série de fatores. Por isso, não é de fácil solução”, afirmou.

Vilobaldo fala sobre a falha na atuação do Poder Judiciário e também destaca o que ele chama de ciclo vicioso de violência. “É comum um criminoso ser preso e, depois de solto, retornar à sociedade praticando crimes ainda mais graves”, exemplifica. “A sociedade sofre em meio a esse fogo cruzado”, segue dizendo. Outro ponto que foi apontado, é a presença de facções criminosas, fazendo com que o Piauí seja a região estratégica para o crime de tráfico internacional.

Teresina saí em ranking das 50 cidades mais violentas do mundo
Teresina saí em ranking das 50 cidades mais violentas do mundo. (Imagem: Reprodução)

A sensação de impunidade é o que aumenta o índice e criminalidade. “O que observamos é que há criminosos com uma ‘certeza’ de que não serão pegos pelo poder Judiciário ou pela polícia”, afirmou. E logo após completou com o que poderia trazer uma resposta eficaz. “A falta dessa articulação gera na polícia uma sensação de estar ‘enxugando gelo’: ela prende, mas o Judiciário solta sem aplicar a pena adequada”, pontuou.

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De acordo com especialista de Segurança, alguns pontos contribuem para o aumento da violência e criminalidade, como: a flexibilização da posse de armas de fogo, o aumento do tráfico de armas, tráfico internacional de drogas e até mesmo a desvalorização dos direitos humanos.

Poucos policiais para muito crime

Segundo o Anuário Nacional de Segurança Pública, são somente 6.255 policiais que compõe o quadro de agentes para atender a todo o estado. “O quadro de policiais no Piauí é extremamente defasado e insuficiente”, aponta o presidente do Vilobaldo. “Não restam dúvidas quanto a isso”.

Os concursos em que foram realizados nos últimos anos foram somente para repor o quadro. Já que muitos policiais se aposentaram ou faleceram.

Solução

Existem um variado número de possíveis soluções para a realidade violenta do Piauí, como: aplicação de políticas públicas que sejam consistentes e duradouras, que servem tanto para prevenir essas violências como para reintegrar egressos das prisões na sociedade. “Temos que buscar mecanismos que impeçam que um criminoso primário se torne um criminoso profissional”, afirmou.

Arnaldo também concorda com a urgência de políticas públicas que tenham como objetivo prevenir o consumo de drogas entre adolescentes e jovens. “Esse cuidado diminui os riscos de que nossos jovens ingressem no mundo do crime”, explica.

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