No próximo domingo (24), é comemorado o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, a Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi) alerta para o aumento da incidência da doença no estado. O órgão reforça a importância do diagnóstico precoce e do paciente realizar o tratamento até o final.
Em relação ao ano epidemiológico de 2023, que só será concluído em outubro de 2024, foram contabilizados 916 novos casos de tuberculose no estado até o momento, o que representa uma incidência de 27,7 novos casos para cada 100 mil habitantes.
Os números preliminares, no entanto, são preocupantes porque já superam todos registrados em 2022. Naquele ano, o Piauí totalizou 806 novos casos de tuberculose, ou seja, uma incidência de 24,6 novos casos para cada 100 mil habitantes.
Ivone Venâncio, supervisora da Coordenação de Atenção às Doenças Transmissíveis da Sesapi, pontua as ações desenvolvidas em parcerias com outros órgãos estaduais, municipais e organizações não governamentais para o enfrentamento da tuberculose no Piauí.
Essa realidade está diretamente relacionada ao abandono de tratamento e a falta de informação sobre como se comporta a doença na população. Por isso, apoiamos os 224 municípios na identificação dos casos através da busca ativa e com qualificação dos profissionais nas macrorregiões de saúde — destaca.
Nos próximos dias 04 e 05 abril, a Sesapi realizará o Fórum Integrado de Tuberculose e Hanseníase no auditório da Associação Piauiense de Municípios (APPM) para discutir os números dessas doenças no estado e as estratégias para prevenção e tratamento.
A Tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch. A doença afeta prioritariamente os pulmões (forma pulmonar), embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas.
A forma extrapulmonar, que afeta outros órgãos que não o pulmão, ocorre mais frequentemente em pessoas vivendo com HIV, especialmente aquelas com comprometimento imunológico.
Transmissão
A transmissão da tuberculose acontece por via respiratória, pela eliminação de aerossóis produzidos pela tosse, fala ou espirro de uma pessoa com tuberculose ativa (pulmonar ou laríngea), sem tratamento; e a inalação de aerossóis por um indivíduo suscetível.
A tuberculose não se transmite por objetos compartilhados. Bacilos que se depositam em roupas, lençóis, copos e talheres dificilmente se dispersam em aerossóis e, por isso, não têm papel importante na transmissão da doença.
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Sintomas
- Tosse por 3 semanas ou mais;
- Febre vespertina;
- Sudorese noturna;
- Emagrecimento.
O principal sintoma da tuberculose pulmonar é a tosse. Essa tosse pode ser seca ou produtiva (com catarro).
Diagnóstico
No Brasil, o diagnóstico da tuberculose é realizado conforme preconizado no Manual de Recomendações Para o Controle da Tuberculose no Brasil, sendo subdividido em diagnóstico clínico, diferencial, bacteriológico, imagem, histopatológico e por outros testes diagnósticos.
As orientações e recomendações para o diagnóstico laboratorial de micobactérias estão contidas no Manual de Recomendações para o Diagnóstico Laboratorial de Tuberculose e Micobactérias não Tuberculosas de Interesse em Saúde Pública no Brasil.
- Teste rápido molecular para tuberculose (TRM-TB) ou baciloscopia;
- Cultura;
- Teste de Sensibilidade aos fármacos.
Fonte: SESAPI
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