O aumento dos preços das carnes e a queda na renda da população levou à busca por proteínas mais baratas, direcionando a demanda para o ovo. E essa maior procura refletiu nos preços do produto. É o que mostra um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), com base nos valores de 40 produtos entre alimentos e outros itens.
A terceira edição do Estudo Sobre a Variação dos Preços de Produtos na Pandemia mostra que ovo foi o produto que teve o maior aumento entre março de 2020 e maio de 2022. Em valores absolutos, a dúzia de ovo passou de R$ 6,99 para 22,51, alta de 222,03% no período e 202,13% acima da inflação oficial (IPCA) do produto, que foi de 19,9%.
Na primeira edição do estudo, divulgada em agosto de 2021, o produto que apresentou maior variação de preço, acima da inflação oficial, foi o arroz. Já na segunda edição, de fevereiro deste ano, o destaque foi a carne bovina. Agora temos os ovos (dúzia), como o grande vilão — ressaltou o presidente executivo do IBPT, João Eloi Olenike, em nota.
Outros alimentos com diferença significativa para a inflação foram açúcar (kg), com 110,51%, farinha de mandioca (kg), com 104,60% a carne bovina, com 91,11%. Entre os combustíveis, o etanol foi o destaque, com alta de 64,24%.
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O estudo do IBPT foi feito com base na variação dos preços entre os meses de março de 2020 e maio de 2022, comparando com, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi de 19,90% de abril de 2020 a maio de 2022. Para obter os preços, o Instituto uso seu aplicativo próprio, chamada do Citizen, e sites de venda de produtos on-line.
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