Segundo o relatório elaborado em conjunto pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), a previsão para os próximos três meses é de chuvas ainda escassas nos municípios piauienses. De acordo com o estudo, ainda poderá haver um atraso no início do período chuvoso no estado.
O climatologista Werton Costa, diretor de Prevenção e Mitigação da Defesa Civil do Estado (Sedec-PI), relatou que esse cenário está correspondendo à análise de um modelo matemático que considera dois fatores: o enfraquecimento do La Niña e uma alteração na temperatura do oceano Atlântico, dois indutores para ocorrência de chuvas no Piauí.
O que chama atenção é que esse cenário se assemelha ao do ano passado, mostrando que diante das mudanças climáticas estamos tendo uma migração do processo estacional, ou seja, a estação chuvosa está sendo empurrada mais adiante. Não quer dizer que não vai chover. Vai chover, apenas teremos uma quebra de expectativa anterior — explicou o especialista.
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Mesmo com a possibilidade de mudança na atual previsão, Costa ressalta que esses relatórios são importantes para a Sedec, Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e aos outros órgãos de monitoramento que reforcem o planejamento de ações emergenciais para intervenção e assistência das comunidades que foram afetadas pela variabilidade climática no estado.
Essa previsão colocando abaixo da média, é um alerta que precisamos ajustar as políticas para fazer um atendimento mais preciso, diante de uma possibilidade de agravo, só que reitero que esse é um cenário do momento, é uma predição do modelo matemático, que responde a dois estímulos importantes, o La Niña e a temperatura do oceano Atlântico — ressaltou o climatologista.
Fonte: Cidade Verde
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