Um novo artigo publicado na revista científica Peer Review (PRW) por pesquisadores do Laboratório de Ictiologia da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), em parceria com o Laboratório de Bioecologia Pesqueira, traz dados importantes sobre a invasão do venenoso peixe-leão no Piauí e aumenta o alerta para invasão da espécie na região. O trabalho foi conduzido pela professora do curso de Engenharia de Pesca Edna Cunha, doutora em Zoologia, e outros pesquisadores da instituição e região.
Com o título: “Invasão do peixe leão, Pterois volitans (Linnaeus, 1758), em habitats estuarino e costeiro em unidade de conservação no Delta do Parnaíba”, o trabalho foi publicado neste mês de dezembro, ampliando o debate e discussões para ocorrência da espécie próximo às bombas de captação de água de fazendas de camarão, gerando preocupação com relação à capacidade de adaptação da espécie, tanto do ponto de vista dos ecossistemas e biodiversidade, como, por exemplo, de impactos nas demais atividades produtivas nos ambientes costeiros.
Desde janeiro de 2022, o peixe-leão tem aparecido em praias brasileiras. Os primeiros casos foram detectados por pesquisadores do arquipélago de Fernando de Noronha-PE. Em março de 2022, dois animais foram capturados na Praia de Barra Grande, em Cajueiro da Praia-PI. A presença do peixe-leão representa um risco para as espécies nativas. Além disso, os animais podem causar ferimentos aos humanos. O perigo está na toxina presente nos espinhos das nadadeiras. Ao perfurarem um ser humano, as toxinas liberadas pelo animal provocam dores, febre e até convulsões.
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A UFDPar e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) monitoram a presença de peixe-leão no litoral do Piauí. A orientação é que em casos de captura dos animais, pescadores e mergulhadores devem entrar em contato com autoridades e não os devolverem ao mar.
Além da professora Edna, também colaboraram no trabalho os professores da UFDPar Cezar Fernandes, doutor em Recursos Pesqueiros e Aquicultura; Thiago Silva, doutor em Aquicultura; o técnico Luiz Gonzaga, doutor em Biotecnologia; e os pesquisadores e egressos do curso de Engenharia de Pesca, Antônio Leonildo e Juliana Isis.
Fonte: ALEPI
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