O longa-metragem piauiense “Terra Querida – O outro lado da Batalha do Jenipapo” terá exibição especial na próxima terça-feira, 28, às 10h, no Cinemas Teresina.
Dirigido por Franklin Pires, o filme tem um olhar especial para a população piauiense que participou desse momento histórico e sangrento pela independência do Brasil, através dos acontecimentos no casebre da Família Silva, que revela os sacrifícios e a luta de um povo pela liberdade.
Segundo o diretor, além de ressaltar a Batalha Cívica mais importante do Piauí, a proposta é destacar as pessoas simples que tiveram as suas vidas transformadas pela guerra.
Tudo começa no casebre da família Silva, que vive próximo às margens do riacho Jenipapo, onde ocorreu a guerra, e justamente por tal localização esteve no fogo cruzado entre piauienses e portugueses. Ao contrário do que se pensa, esta família não desejava ir à guerra. Não entendia de verdade seus reais motivos. Ela só queria ficar em paz. Mas a guerra foi trazida à porta de sua casa, batendo de forma violenta e arrebentando com a harmonia que existia ali — adianta o diretor.
Guerra transformou realidade
Neste drama, Franklin Pires retrata, através dos seis personagens da família, os dramas da época, os anseios, os sonhos e como uma guerra transformou a realidade dessas pessoas.
Há toda uma construção em volta de temas pertinentes como o feminismo, o autismo, o casamento por conveniência, a falta de entendimento político, dentre outros, que fazem deste filme de época, não uma aula didática, mas um grande melodrama contemporâneo que ajuda a entender a dimensão de uma guerra para quem é afetado diretamente por ela — disse o roteirista. que também atua como um dos personagens dessa família que vai emocionar com cada personagem e seu desfecho.
Veja também: A sangrenta Batalha do Jenipapo, ocorrida em Campo Maior
É muito difícil fazer cinema, em especial no Piauí. Foi árduo, tivemos que parar por conta da pandemia, mas estamos entregando um filme capaz de emocionar e com certeza de nos orgulhar de sermos piauiense — garante Franklin Pires.
“O custo foi de R$ 330.000,00 ao longo de quatro anos de duração do projeto desde sua pré-produção até a finalização“, disse, lembrando que o filme foi gravado no interior de Cabeceiras para representar o interior de Campo Maior e a proposta é levar a produção para os festivais durante o próximo ano e também comercializar para o streaming.
O longa-metragem nasceu há quatro anos, foi gravado no início do ano de 2022 e conta com apoio do Governo do Estado do Piauí, patrocínio da Equatorial e Secretaria Estadual de Cultura (Secult).
Fonte: Meio Norte
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