O proprietário da loja de ração “Campo Maior Rações” sofreu uma tentativa de golpe nesta sexta-feira (07), por um criminoso que tentava se passar pelo delegado do Grupo de Repressão ao Crime Organizado do Piauí (Greco) Tales Gomes.
Em entrevista concedida ao De Olho, o empresário informou que foi contatado através do WhatsApp pelo criminoso, que utilizava como imagem de perfil uma foto do delegado Tales, mas se identificava como “delegado Bruno da Civil”.
Por meio de um áudio, o indivíduo inicia a conversa perguntando se a loja possuía ração para uma determinada raça de cachorro. Depois do empresário confirmar que seu estabelecimento tinha em estoque o referido produto, o acusado pediu para que fosse deixado na Delegacia de Campo Maior um saco da ração.
O empresário, que até então via como normal a situação, pediu para que um de seus funcionários fosse deixar o produto na Delegacia. Pouco tempo depois da saída do empregado rumo à Delegacia, o criminoso envia uma mensagem informando já ter recebido o produto e dizendo que havia pago, em dinheiro, R$ 900,00.
Logo em seguida, o acusado pede para o proprietário da loja enviar de volta os R$ 900,00 por Pix, pois precisaria do valor para enviar para seu filho, que, de acordo com ele, estaria indo ao hospital.
“Enquanto meu funcionário foi deixar essa ração lá na Delegacia, ele ligou para mim e falou:’ já estou com seu funcionário aqui e já entreguei o dinheiro da ração. Eu vou mandando R$ 900,00 em dinheiro para você fazer um Pix para mim. Se você tiver na sua conta faça um Pix para mim…Ou então veja se alguém da sua família pode enviar, porque é urgência, meu filho está indo para o hospital’ “, disse o empresário.
Já buscando meios de enviar a quantia, o dono da loja recebe uma mensagem de seu funcionário alertando para que ele não enviasse dinheiro algum, pois na verdade a situação se tratava de um golpe.
“Meu funcionário, que já havia chegado na Delegacia, me informou: ‘Ei, não passa dinheiro nenhum, porque aqui é golpe.’ “, contou.
Após isso, o empresário parou de se comunicar com o criminoso e se dirigiu à Delegacia de Campo Maior para os procedimentos cabíveis. Lá, ele registrou um Boletim de Ocorrência. Investigações preliminares da Polícia conseguiram rastrear o número do criminoso, que é de Pernambuco. O proprietário do telefone, inclusive, já tinha passagens pelo sistema prisional.
A continuação das investigações do caso deverá ficar a cargo da Polícia Civil.
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