O delegado geral da Polícia Civil do Piauí, Lucy Keiko, contou, nesta terça-feira (22), detalhes sobre a investigação do desaparecimento de Wesley Carvalho Ferreira, de um ano e 10 meses, e apontou contradições nos depoimentos dos pais e avós do bebê, que foram presos temporariamente na noite de segunda-feira (21).
Em entrevista à TV Clube, o delegado contou que a família apresentou versões contraditórias sobre o sumiço da criança. A versão inicial é que o menino teria sido sequestrado no dia 29 de dezembro de 2021, quando estava com os pais no centro de Teresina. O boletim de ocorrência foi feito por uma tia da criança somente no dia 9 de fevereiro. A versão foi descartada.
Uma segunda versão, contada pela mãe de Wesley, é que o menino teria caído em um poço no local onde os pais moravam, no município de Altos, a cerca de 40 km de Teresina. Segundo a mulher, o marido e os sogros presenciaram o acidente. A hipótese foi investigada e também descartada.
“A mãe da criança começou a apresentar relatos diferentes, dizendo que possivelmente [a criança] teria sofrido um acidente e caído dentro de um poço, e que o pai e os avós paternos teriam presenciado. Nós fizemos incursões ao local, o Corpo de Bombeiros fez escavações e não encontramos. A partir daí, vimos que a família realmente tenta esconder alguma coisa”, informou o delegado.
Ao constatar as irregularidades nos depoimentos, a Polícia Civil solicitou a prisão temporária, de 30 dias, dos pais e avós da criança, que não tiveram os nomes divulgados. A solicitação foi aprovada pelo Ministério Público e os mandados foram cumpridos na segunda (21).
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