O período seco vem castigando a região de Campo Maior e todo o estado do Piauí. Com altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar, o município tem aparecido no ranking das cidades mais quentes do Brasil por diversas vezes. Ainda de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Campo Maior está há exatos 110 dias sem registro de chuvas significativas, aquelas com acumulados acima de 10 mm.
A última precipitação expressiva aconteceu no dia 06 de julho, quando foram observados 10 mm na estação automática, que fica localizada no campus do Instituto Federal do Piauí (IFPI), na comunidade Fazendinha. Nos últimos 90 dias, o total de chuva acumulado na estação foi de apenas 2,2 mm. Sem chuvas, com bastante calor e muita secura, os incêndios e as queimadas ficam cada vez mais recorrentes.
Neste ano de 2023, os termômetros ultrapassam os 40º em Campo Maior por 6 vezes. A maior temperatura registrada foi de 40,8º no dia 25 de setembro. Depois disso, o município registrou 40,6º no dia 29 de setembro; 40,5º no dia 21 de outubro; 40,4º no dia 15 de setembro e 40,1º nos dias 04 e 05 de outubro.
Influência do El Niño
A seca que atinge áreas do Nordeste deve se agravar até janeiro de 2024. A previsão é do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), que monitora a estiagem na região. O painel de monitoramento do El Niño, publicado mensalmente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em conjunto com outras instituições, e o prognóstico de precipitação para os próximos três meses indicam chuvas abaixo da média para a área.
Como deve ficar a estação chuvosa em 2024
Algumas projeções indicam que o El Niño deve atrapalhar a quadra chuvosa de 2024, mas isso depende de outras fatores que devem ser observados como a temperatura das águas do oceano atlântico. A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que é o principal sistema indutor de chuvas sobre o Norte da região Nordeste, depende de águas aquecidas para gerar nuvens de chuva.
Desde 2017, Campo Maior vem registrando chuvas acima da média com acumulados superiores a 1.300 mm anuais. Em 2016, quando tivemos um El Niño, as chuvas ficaram abaixo da média na região.
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