A diretora da Divisão de Vigilância Sanitária do Piauí, Tatiana Chaves, declarou nesta terça-feira (2) que o estado ainda terá o pico da terceira onda da Covid-19 daqui duas ou três semanas, encerrando no fim de fevereiro de 2022. Por isso, o novo decreto proíbe “qualquer tipo de festa” que possa reunir grande quantidade de pessoas. A ocupação de leitos de UTI já se aproxima de 100% no interior do estado.
“Nós não colocamos quantitativo de público porque está proibido qualquer tipo de festa, com qualquer tanto de pessoas. A expectativa é que a gente consiga em pouco tempo interromper o ciclo do vírus. Porque os dados apontam que a gente terá um período ainda de 14 a 21 dias de muitos desafios”, afirmou Tatiana Chaves.
O novo decreto estadual, publicado ontem, proíbe, além das festas pré-carnavalescas e carnavalescas, também veda a realização de festas e eventos que possam causar qualquer tipo de aglomeração, públicos ou privados. Conferências, convenções, feiras comerciais e retiros de qualquer natureza também estão suspensos. E não há previsão de retorno.
Os bares, restaurantes, trailers, lanchonetes, barracas de praia e estabelecimentos similares, bem como lojas de conveniência e depósitos de bebidas, poderão funcionar desde que obedeçam às recomendações sanitárias e que não promovam festas, eventos, ou qualquer atividade que gere aglomeração.
Em relação a reuniões familiares em residências particulares, Tatiana Chaves afirma que não estão proibidas, mas caso sejam recebidas denúncias, a Polícia Militar e as Vigilâncias Sanitárias vão atuar.
“Nós só entramos nas residências com autorização judicial. Em algumas situações, quando temos denúncias, nós podemos ir para evitar que aconteça esse determinado evento, gerando transtorno para a sociedade”, destacou.
A fiscalização acontece em parceria com as vigilâncias dos municípios, Guardas Municipais e a Polícia Militar. As denúncias podem ser recebidas por telefone e ou através das redes sociais.
O comandante da PM, o coronel Lindomar Castilho, informou que vai usar recursos como drone e fiscalização de grupos de redes sociais para garantir o cumprimento do decreto estadual que proíbe festas no estado.
Aumento de casos de Covid
No estado, apesar da subnotificação de casos causada por instabilidadesno sistema do Ministério da Saúde, a alta de registros é percebida.
Aumentou a procura por testes de Covid, por pessoas com sintomas, além de ter aumentado o percentual de casos positivos entre os testados. Muitas farmácias ficaram sem testes para Covid em Teresina e o Procon flagrou preços abusivos de até R$ 350.
Além disso, tem aumentado diariamente a taxa de ocupação de leitos clínicos e de UTI destinados ao atendimento de pessoas com Covid.
FONTE: G1 PI
