O número de jovens que não estudam, não trabalham e nem estão procurando emprego aumentou no primeiro trimestre deste ano, de acordo com um levantamento do Ministério do Trabalho e Emprego divulgado nessa terça-feira (28). Nos três primeiros meses de 2023, o Brasil tinha 4 milhões de jovens entre 14 e 24 anos nessa situação. Esse número subiu para 5,4 milhões no mesmo período de 2024. Esses jovens são conhecidos como “nem-nem”.
Desse total, 3,2 milhões são desocupados, sendo 51% mulheres e 65% negros. Entre os jovens que não estudam, não trabalham e nem procuram emprego, 60% são mulheres, a maioria com filhos pequenos, e 68% são negros.
Os dados foram divulgados pela subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho, Paula Montagner, no evento “Empregabilidade Jovem” do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola), em São Paulo.
Com informações da PNAD Contínua do IBGE, o levantamento mostra que a taxa de participação dos jovens no mercado de trabalho ainda não retornou ao patamar de 2019, quando era de 52,7% no primeiro trimestre daquele ano. No mesmo período de 2024, a taxa foi de 50,5%.
Esse índice inclui jovens ocupados e desocupados que estão à procura de emprego. Não entram nas estatísticas aqueles que estão fora do mercado por realizar outras atividades, como trabalhos de cuidado ou estudos em tempo integral.
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Jovens ocupados
Entre os jovens ocupados, que totalizam 14 milhões, 42% são mulheres e 60% são negros. Na faixa etária de 15 a 17 anos, 12% estudam e trabalham, enquanto 2% apenas trabalham. Entre os jovens de 18 a 24 anos, 15% estudam e trabalham, enquanto 41% apenas trabalham.
A pesquisa também revelou que 46% dos jovens ocupados possuem trabalhos informais, o que equivale a 6,3 milhões de jovens. Aqueles que apenas estudam somam 11,6 milhões, sendo 81% dos adolescentes de 15 a 17 anos e 17% dos jovens de 18 a 24 anos.
Fonte: R7 Notícias
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