Já faz um bom tempo que a população brasileira não consegue um bem-estar financeiro. De acordo com um levantamento realizado pelo Banco Central, em parceria com o Fundo Garantidor de Créditos (FGC), 4 em cada 10 populares afirmaram que nunca ou raramente sobra dinheiro no final do mês. A base de dados ainda reforçou que 36% estão preocupados de que o dinheiro não vai durar.
A pesquisa mostra ainda que 48,6% da população estão se virando financeiramente, ou seja, conseguem pagar parte das dívidas e deixa outras para o próximo mês. Do total, 49,1% afirmam ter problemas financeiros e isso são motivos de estresse em casa. Conforme o Fernando Lamounier, educador financeiro e sócio diretor da Multimarcas Consórcios: “Para o brasileiro, a instabilidade econômica do país é o agente dificultador de um padrão de vida financeira saudável para o cidadão comum. A alta inadimplência deve-se à situação dos salários baixos e desemprego elevado”.
Dois mil brasileiros, entre 16 e 79 anos de idade, participaram da pesquisa, uma amostra representativa de diversas regiões do país. Dos entrevistados, 6 em cada 10 chegaram a afirmar que não tem resiliência financeira, ou seja, se acontecesse algo inesperado neste mês, no mesmo valor da renda mensal, a maioria não conseguiria arcar com os gastos sem recorrer a empréstimos ou apoio familiar.
Segundo o especialista, é necessário que os brasileiros tenham um planejamento financeiro para poder estar preparado para eventuais imprevistos. “A consciência de gastos e o planejamento para realização de grandes projetos beneficia não apenas o detentor do dinheiro, mas todos ao seu redor”, destaca.
Veja também: Calor vai piorar: El Niño será mais intenso durante dezembro e início de 2024
Lamounier fez questão de ressaltar que para ter uma vida financeira saudável e não entrar no vermelho no mês é importante seguir alguns passos, como mapear a renda total, separar as despesas fixas no seu orçamento, esquematizar as despesas variáveis e organizar as dívidas.
O levantamento também mapeou as decisões comportamentais que são ligadas ao uso de produtos e serviços por meio da tecnologia. 93% dos entrevistados afirmaram que não compartilham senhas bancárias com familiares e muito menos com amigos e 90,3% não compartilham informações sobre finanças pessoais publicamente online. Apenas 13%, disseram que trocam regulamente as senhas em sites de compras e administração de finanças pessoais.
