Um aposentado identificado como Manoel Marciano da Silva, de 71 anos, recuperou sua vida após 28 anos legalmente morto. No ano de 1955, duas testemunhas conseguiram registrar uma certidão de óbito, em que declarava que o idoso morador de Tocantins tinha vindo a óbito.
A Polícia Civil está investigando quem são os responsáveis pela falsa declaração de óbito. O aposentado relatou através de uma entrevista que sabia da situação desde 2012, quando compareceu às eleições, ele foi informado que foi excluído da lista de eleitores devido está morto.
Eu fui votar lá onde eu moro. Aí eu dei meu título. Eles caçaram meu nome na folha lá. Aí eles [disseram] ‘não, seu Manoel. O senhor não vota não’. Eu digo, por quê? ‘Seu nome não tá mais aqui não’. A moça parou e falou: ‘esse homem aqui tá com quatro anos de falecido’ – relatou Silva.
Entretanto, ele não se preocupou e continuo vivendo a vida. A morte falsa veio atrapalhá-lo recentemente, quando deixou de receber a sua aposentadoria e foi impedido de se consultar no SUS. O idoso teve que recorrer à justiça para provar que não havia morrido e poder recuperar os seus direitos.
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A ex-mulher do aposentado, de quem ele se separou pouco antes da época em que a falsa certidão de óbito foi realizada, é uma das principais investigadas pela fraude.
Ela não se pronunciou, mas os filhos do casal acreditam que a mãe tenha sido induzida a erro por outras pessoas, uma vez que é analfabeta. A vítima disse que não guarda mágoas da ex-companheira.
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