Justiça manda arquivar caso sobre desaparecimento de estudante de Direito

Justiça manda arquivar caso sobre desaparecimento de estudante de Direito
Justiça manda arquivar caso sobre desaparecimento de estudante de Direito. (Imagem: Reprodução)




O juiz da Central de Inquéritos de Teresina, Valdemir Ferreira Santos, determinou o arquivamento do caso sobre o desaparecimento do estudante Lucas Vinícius Monteiro de Oliveira, 24 anos. A decisão segue o entendimento do Ministério Público que requereu o arquivamento do inquérito policial, presidido pela delegada Fernanda Iris Artur Novaes, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que chegou a conclusão de que não houve crime. A investigação apontou que ele sumiu após pular, voluntariamente, da ponte Juscelino Kubitschek, em Teresina. O pontos intrigante é que, até o momento, o corpo do rapaz não foi localizado.

Durante a fase inquisitiva foram ouvidas dezenas de testemunhas, sendo confirmado que Lucas, de fato, apresentava um quadro clínico de depressão e ansiedade, conforme relatado, inclusive pela psicóloga […] portanto, não há falar-se, a priori, em materialidade delitiva de crime doloso contra a vida, seja homicídio ou auxílio / instigação / induzimento ao suicídio –  justificou o o promotor Régis Marinho, ao requerer o arquivamento.

O desaparecimento de Lucas Vinícius foi registrado em 24 de abril de 2022. Ele, que também trabalhava como video maker, teria saído de uma festa na companhia da namorada, a advogada Maria Gabriela Soares Vasconcelos, parado o carro em uma das vias da ponte e pulado no Rio Poti.

Justiça manda arquivar caso sobre desaparecimento de estudante de Direito
Justiça manda arquivar caso sobre desaparecimento de estudante de Direito. (Imagem: Reprodução)

Confluindo para conclusão de um ato suicida, o qual Maria Clara tentou impedir. […] assim, considerando o transcurso de um ano do desaparecimento da vítima, a impossibilidade de oferta de denúncia sem elementos suficientes que a comprovem e que, aparentemente, foram esgotadas todas as possibilidades de diligências, tudo enveredando no sentido de se tratar de ato suicida, sem a instigação por parte de qualquer agente, não resta a esta Promotoria de Justiça nenhuma alternativa, senão opinar pelo arquivamento“, justificou o o promotor Régis Marinho, ao requerer o arquivamento, continuou o representante do MP.

Na decisão consta que Maria Clara- que chegou a fazer um desabafo após ser responsabilizada pelo sumiço- teria tentado impedir que Lucas pulasse da ponte. O nome dela aparece em vários trechos relacionados à situação financeira do estudante, bem como confirmando que ele enfrentava um quadro depressivo que era de conhecimento da família.

Mesmo quando examinado o argumento de que Maria Clara teria se apossado, injustamente, de valores da conta de Lucas, as testemunhas foram unânimes em afirmar que o cartão da Maria Clara era utilizado por Lucas para pagamento de despesas correntes – diz um trecho.

A família de Lucas Vinícius nunca aceitou a versão de que ele se jogou da ponte.

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Na decisão, o juiz destaca que o caso pode ser reaberto, caso surjam novas provas.

Determino o arquivamento deste procedimento investigatório, em razão da ausência de tipicidade penal do fato ocorrido […] Consigne-se, por fim, que a qualquer tempo, antes de ocorrer a
prescrição da pretensão punitiva, poderá o mesmo ser reaberto caso surjam novas provas – diz o magistrado.

Fonte: Cidade Verde

De Olho Azul

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