Em pronunciamento nesta quarta-feira (03/30), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), argumentou sobre está pronto para colocar em prática seu projeto de combate contra o novo coronavírus (covid-19) durante esse momento de crise sanitária, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) entenda que é trabalho do governo a determinação das medidas de combate a doença.
O fato ocorreu após o comentário sobre o pedido de toque de recolher ao nível nacional ou outra política de combate ao novo coronavírus.


Em abril de 2020, o STF decidiu que:
Se eu tiver poder para decidir, eu tenho o meu programa e o meu projeto pronto para botar em prática no Brasil (…) Preciso ter autoridade. Se o Supremo Tribunal Federal achar que pode dar o devido comando dessa causa a um poder central, que eu entendo ser legitimamente meu, eu estou pronto para botar meu plano – disse à imprensa, após reunião na embaixada do Kuwait com representantes de outros países do Golfo.
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Em abril do ano passado, o STF decidiu que Estados e municípios têm autonomia para executar as medidas necessárias para conter o avanço do novo coronavírus. A decisão da Corte, contudo, não retirou da União a responsabilidade pelas ações de combate à pandemia.
Infelizmente o poder é deles [Estados e municípios], eu queria que fosse meu – disse o presidente em referência a decisão do Supremo.
O presidente também destacou que o governo liberou “uma quantidade enorme” e “vultosa” de recursos para estados e municípios. Segundo ele, nunca faltaram verbas federais para atender os estados em questões relacionadas à saúde.
[No entanto,]tem que haver uma previsão por parte dos governadores – afirmou
Bolsonaro comentou que foram solicitados mais recursos por parte de governadores ao ministro da Saúde para o combate à pandemia, e que irá conversar com Pazuello, já que ele não é o “dono da chave do cofre”, mas que fará o que for possível para preservar vidas.
Bolsonaro ainda comentou a compra de imunizantes pelo Ministério da Saúde e destacou ter editado três Medidas Provisórias de crédito para a negociação com laboratórios, entretanto, não haveriam doses disponíveis no mercado.
Alguns falam que tem que comprar, mas me diga aonde – declarou.
O presidente afirmou também que está investindo em vacinas, mas não descartou o atendimento precoce, fazendo questão de se corrigir, chamando as medidas de “tratamento imediato”.
Falar precoce é crime no Brasil – ironizou.
Ele ressaltou a capacidade nacional na produção de imunizantes. De acordo com Bolsonaro o Brasil seria um dos poucos países com condições de produzir e aplicar vacinas, o que permitiria ajuda às nações vizinhas.
Devemos também, depois que nosso povo estiver vacinado, buscar maneiras de atender aos países que fazem divisa conosco – declarou.
A medida seria uma forma de evitar uma nova onda da doença trazida por países que fazem divisa com o Brasil.
Sobre as fatalidades relacionadas à covid-19, o presidente declarou que, apesar das críticas, se preocupa com as mortes
Mas emprego também é vida, uma pessoa desempregada entra em depressão, tem problemas, se alimenta mal, é mais propensa a pegar outras doenças – defendeu.
Fonte: Estadão | Pleno.news